quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Há Vida !

Ao nascer apenas somos o que nos é projetado,
Somos projeto da vida de outras vidas.
Aos poucos tomamos consciência de que temos vida,
vida própria... que andamos com os próprios pés...
Caindo, se arranhando, tropeçando... Mas andamos...
Andamos pois aprendemos com as outras vidas que fazem
parte da nossa (seja direta ou indiretamente)...
Falamos,
pois ouvimos a voz das vidas mais próximas
desde o tempo que nem na terra pisavamos...
Aprendemos que o dia em que nossa pele sentiu o
calor dessas vozes pela primeira vez deve ser comemorado...
Comemoramos, porque aprendemos desde sempre que há vida,
que esta, mesmo que não seja importante para você, foi
um dia para outro que vive...
Porque nascer é natural,
é particular e plural ao mesmo tempo.
E por mais que tudo pareça sem sentido,
ou que acredites mesmo que não há sentido algum,
talvez falte um pouco de vida, e não há melhor dia
que o do próprio nascimento, para que se veja,
reveja; pense, repense.... e principalmente
para que "nasça" novamente.


:)

domingo, 25 de outubro de 2009

Ao dia,





São luzes que em surto gritam,
Invadem vozes que iluminam o invisível.
No aglomerar de olhares pacatos e solúveis
Sinto que aquele a quem espera pode não chegar.
Há gritos!

- Inconsúteis -,

Sublimes,
Sem morada.
E com um movimento incessante, em desespero,
Almas perdidas entregam sua existência;
A chegada é uma dúvida.
O caminho,
Um súbito desejo,
Eloqüência divinal.

Alguns chegaram,
Outros,
Transcendem especulações sobre o inconsciente.
E por fim,
Todos suspiram nuvens de cinza dor.






Não há !

De razão eu sinto falta
De razão já estou farto

Sem razão não há fartura
Sem razão falta sentido

A razão dá um sentido
mostra um caminho... renova a alma

Para que possamos (novamente) nos perder em devaneios
e recorrer a razão para achar um sentido perdido

e recorrer a razão para maquear a felicidade;

e recorrer a razão para achar que ela é a felicidade...

E viver sem razão.


De razão eu sinto falta.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Ao ser .

Por ser de repente
Repentinamente
Não senti o passar do dias

Por ser vã
A poesia em vão da vida se encorpa
Aquecida...

Por não saber mais do que ontem,
Por não lembrar os outros nomes
O lamento toma outras cores.

Por partes,

Acontecendo!

Dormiria...

Acordaria...

Sobre viveria... Ao acaso!


Se no caso, a escolha fosse minha.